Abra o teu coração para Jesus

Digno ès, Senhor, de receber Glória, e Honra, e Poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas.































































































































































































































































































































































































































































































































sábado, 4 de dezembro de 2010

Moradores do Rio incorporam violência à rotina do dia a dia.

Sentado em sua cadeira em uma banca de balas na feira de Itaipava, em Vicente de Carvalho, zona norte do Rio de Janeiro, o camelô Luiz Fernando Marques, 57, assistiu cenas tão impressionantes na semana passada que, como diz, parecia estar na poltrona do cinema diante de um filme de guerra.
  • Zulmair Rocha/UOL "Em dez anos que estou aqui, já vi mais de 20 pessoas levando bala perdida", conta Luiz Fernando Marques, vendedor de bala da feira de Itaipava, em Vicente de Carvalho, zona norte do Rio de Janeiro
  • Zulmair Rocha/UOL Tarsila Silva de 24 anos com o filho no colo em Costa Barros. "Aqui não tem perigo não", afirmou, cercada de um lado por uma favela do Comando Vermelho e, do outro, por uma comunidade da rival Amigos dos Amigos (ADA)
A correria começou no ponto de ônibus a 20 metros dele. Homens com pistolas cercaram uma condução, apontaram a arma para a cabeça do motorista e, aos berros, mandaram os passageiros descer. Com gasolina, atearam fogo no veículo, que virou uma bola de chamas exalando fumaça negra. O comércio fechou. A polícia chegou, segundo seu relato.
Depois, veio um grito. Na barraca vizinha, seu colega urrava de dor. “Ele só sentiu a perna queimar.” A bala de fuzil estava alojada na altura do joelho. Os amigos então se reuniram para carregar o ferido e providenciar uma atadura. Em clima de tensão, chamaram o resgate e levaram a vítima para o hospital.
Se engana quem pensa que os episódios fizeram o vendedor mudar sua rotina. “Em dez anos que estou aqui, já vi mais de 20 pessoas levando bala perdida. Ali naquela barraca pegou em outro homem. Lá na passarela, chegou a matar um trabalhador, há um ano. E na quinta-feira passada foram vários tiros. Sorte que só um pegou”, enumera ele, sem demonstrar espanto.
Instalado em uma espécie de “faixa de gaza” carioca, trabalhando em uma feirinha de camelôs bem em frente ao morro da Fé, ele acha que as recentes balas perdidas vieram das armas dos traficantes da comunidade, que reagiam contra as operações policiais desencadeadas para conter os ataques criminosos que incendiaram ônibus e carros na cidade. “Aqui, é rezar para o tiro pegar na grade do mercado, em algum poste. Os caras não têm pontaria. É incrível”, diz.
A naturalidade com que Marques narra estes momentos é também observada nos depoimentos de muitas outras pessoas que, nesta quinta-feira (2), circulavam pelos locais em que ônibus foram queimados, carros incendiados e civis atacados – assaltados ou atingidos por tiros– na semana passada.
Em Campo Grande, na estrada de Urucania, o “trocador” L.C., 33, gritava por passageiros da porta da van que faz a linha 840 B, a mesma em que jovens atearam fogo em uma lotação cheia de passageiros –incidente que deixou feridos com queimaduras graves. “Se tenho medo? Muito medo. Mas preciso trabalhar”, diz ele, que afirma ter aprendido na prática como reagir em situações de ameaça. “Se eu vejo moleque cercando a van, a gente mete o pé.”
No ponto de ônibus, a aposentada Marlene da Silva, 71, também é outra que, apesar do receio de transitar pela região, é obrigada a enfrentar os riscos. “Está mais calmo desde quinta-feira passada. Mas isso aqui é Rio de Janeiro. É Brasil”, afirma. “Sinceramente? Isso aqui só vai melhorar quando Jesus voltar. Está na Bíblia. Lá diz que tudo isso ia acontecer”, afirma, antes de entrar na van –e de detalhar em que versículos estariam descritos os recentes episódios.
No bairro do Costa Barros, também no subúrbio carioca, a dona de casa Tarsila Silva, 24, atravessa a calçada por cima de cinzas acumuladas, levando no colo o filho Otávio, de apenas um ano.
Naquele ponto, criminosos dos morros do entorno abordaram motoristas e queimaram seus veículos, além de incendiar um ônibus. “Aqui não tem perigo não”, afirmou, cercada de um lado por uma favela do Comando Vermelho e, do outro, por uma comunidade da rival Amigos dos Amigos (ADA). “Enquanto não tiver outros confrontos, está tranquilo.”
Em uma oficina de serralheria, o soldador Antonio Mendonça, 48, foi testemunha dos ataques. “Só vi a movimentação. Uns gritos, a correria, o fogo e a fumaça”, disse. “A gente é trabalhador. Para falar a verdade, nem parei meu serviço para ir olhar. Fiquei aqui”, lembra ele, que trabalha a cerca de 100 metros das ocorrências.
Como ele afirma, viver no Rio de Janeiro faz as pessoas se acostumaram com cenas de violência e morte. “Vemos o tempo todo na tevê, nas ruas.” Com a experiência de quem conhece o assunto, ele prefere se esconder atrás de seu visor de solda quando questionado sobre quem teriam sido os autores dos incêndios em sua rua. “Não vi. Não sei. Isto tudo é porque o Epírito Santo de Deus ainda se encontra presente em nosso meio, temos que vigiar, pois quando não estiver mais, no arrebatamento, aqueles que ficarem, estarão literalmente frits vivos!  Senhor Jesus, quero estar sempre contigo!!!!

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