Abra o teu coração para Jesus

Digno ès, Senhor, de receber Glória, e Honra, e Poder; porque Tu criaste todas as coisas, e por Tua vontade são e foram criadas.































































































































































































































































































































































































































































































































quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Alagoas está igual a El Salvador em número de homicídios.

AL registra em 2010 maior taxa de homicídio da história de um Estado; índice é igual a do país mais violento do mundo

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Alagoas fechou 2010 com a maior taxa de homicídios que um Estado brasileiro já registrou. Segundo dados da Secretaria de Estado de Defesa Social (SDS), foram contabilizados 2.226 assassinatos no ano passado, o que significa uma taxa de homicídios de 71,3 para cada 100 mil habitantes. Não estão inclusos no número os latrocínios (roubo seguido de morte). Os dados detalhados de mortes por município, sexo e faixa etária ainda não foram divulgados pelo Estado.

Nos últimos anos, Alagoas registrou um aumento assustador no número de homicídios. Em 1999, por exemplo, o Estado teve 552 homicídios. Onze anos depois, o crescimento foi de 303%, com os mais de 2.000 registrados no ano passado. Já em comparação a 2009, o Estado registrou uma alta de 11% no total de crimes.
Para a OMS (Organização Mundial de Saúde), taxas acima de 10 homicídios para cada 100 mil ao ano já são consideradas epidêmicas. O país registra, segundo o estudo “Mapa da Violência 2010: Anatomia dos Homicídios no Brasil”, taxa de homicídio de 25,2 mortes para cada 100 mil habitantes. Os dados do estudo levam em conta os dados de 2007.
Segundo o sociólogo e autor do estudo, Julio Jacobo, a taxa de homicídios registrada em Alagoas em 2010 é a maior que se tem registro em Estados brasileiros. “Na década de 80, alguns Estados chegaram próximos de 70 homicídios para 100 mil habitantes. Mas pesquisei e não encontrei nenhum Estado a chegar a 71”, disse ao UOL Notícias, lembrando que a taxa alagoana é equivalente ao país mais violento do mundo. “El Salvador tem taxa exata de 71. O segundo país mais violento do mundo é Honduras, com 67.”
Para o pesquisador, a taxa de homicídio de Alagoas é “insuportável” e tem “enorme repercussão social”. Segundo ele, a escalada do crime no Estado não tem uma única causa, e tem ligação direta com o enfraquecimento do sistema de segurança pública estatal, a migração de facções criminosas e a estreita ligação entre poder público e o crime.
“Alagoas nunca foi um Estado muito pacífico. Estava sempre ali na metade do ranking. Só que a partir de 2003, 2004 e 2005 o Estado deu início a uma espiral muito rápida e acentuada. Não existe uma única causa. Em geral isso tem a ver com o descontrole de Estado e de uma política pública efetiva de controle da violência. Por outro lado, a impunidade insurge pela falta de capacidade de reprimir o crime”, afirmou.
O especialista diz que alguns fatores explicam o maior índice de assassinatos do país, como migração das facções criminosas de Rio de Janeiro e São Paulo. “Na medida em que a repressão se acentua em Estados grandes, inicia um espalhamento da violência. Desde a década de 2000 vivemos a chamada interiorização da violência. O crime ocorria em maior escala na grande capital, regiões metropolitanas, mas a partir dessa data houve um descentralização. Esse fenômeno parece se espalhar em nível nacional, pelos Estados que eram ‘médios’ no ranking de crimes. E esse esquema de vaso comunicante migra para os locais com baixo esquema de seguridade pública.”
Jacobo também vê ligações estreitas entre o crime organizado e integrantes do poder. “É inegável que existem interconexões entre crime e forças de segurança. Você não pode acreditar que dois poderes antagônicos, como o Estado e a forças de criminalidade, vivam sem haver conluio entre elas, seja por parte do Executivo, Judiciário, Legislativo. Alagoas sempre teve histórico da violência com essa esquisita ligação entre a estrutura de poder e a criminalidade, que copta as forças de aparelho do Estado.”
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Alagoas, Gilberto Irineu, a maioria dos assassinatos está relacionada ao tráfico de drogas, que coopta cada vez mais jovens nas cidades. "Esse aumento existiu porque falta um trabalho preventivo e ostensivo dos órgãos se segurança, além de ausência completa de políticas públicas nas áreas pobres. É preciso também monitorar as divisas, para evitar entrada de armas e drogas. Não vamos nos esquecer que, embora já fosse um Estado extremamente violento, após um grande número de mulçumanos homens procurar o Estado para casarem com moças locais solteiras e constituir família, a coisa degringolou!

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